terça-feira, 24 de julho de 2012

Dois novos acesórios para os audiófilos

Acabo de mandar para o fabricante de PCBs os arquivos das placas do AFTB2 e do HTB2.

O primeiro é o "queimador" de componentes Hi-Fi. É o LPJ Afterburner: AFTB2.
Gerador de ruído branco modulado em amplitude (AM - SSB) controlando um VCO de baixa frequencia cobrindo todo o espectro de áudio numa combinação de sons muito mais complexa do que qualquer música deste planeta e capaz de solicitar os dispositivos conectados a ele o seu máximo em termos de performance. 

O segundo é o crossfeed para fones de ouvido, LPJ Head-On-The-Box, aka HTB2.
Baseado nas teorias do Sr Linkwitz, este equipamento reduz a sensação estéreo fazendo com que o palco sonoro reproduzido nos fones de ouvido soe muito mais natural e com realismo bem próximo da audição ao vivo.

Assim que o primeiro lote chegar nas minhas mãos, montarei os primeiros produtos e postarei os resultados por aqui.

Grande abraço á todos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tocando fogo em tudo, parte 2.



Depois de algumas semanas do post intitulado "Tocando fogo em tudo", onde descrevia o equipamento sugerido pelo CEO da Hagermann Technologies para fazer burning-in automático de equipamentos e acessórios para áudio, resolvi escrever uma resenha do andamento e finalização do projeto.

Aí vai.

Primeiramente sobre o circuito:
De cara modifiquei vários pontos que achei valiam a pena serem melhorados, na primeira versão citada no post anterior.
Foi tudo bem até a hora de implementar o modulador com o MC1496, da Motorola.
O circuito sugerido era confuso e não batia com as especificações do manual da ON-Semi (Motorola Semicondutores) - vejam em http://www.datasheet4u.com/
Mudei tudo para ficar igual ao manual.
O gerador de ruído branco já fora mudado anteriormente.
O estágio de buffer seguinte também.
O oscilador ICL8038 foi ajustado (RC de precisão) e retirado o estágio da onda triangular, que não fazia nada no esquema original, além de atrapalhar a leitura do esquema.
Acertei o ganho do buffer para o sinal resultante ficar compatível com o que diz o manual do MC1496.
Retirei vários capacitores que só atrapalhavam restringindo a banda-passante do ruído branco (white-noise BW).
...e voilà!
Tudo funcionando.

Quando olhei para o estágio final...meros 2w contínuos de uso real ou 5w com dissipador infinito.
Trocando em miúdos: é só manter o encapsulamento do CI LM386 à 25°C que ele entrega o que o manual diz...

Joguei o estágio de potência fora e montei um novo com o bom e velho TDA2005: 10w com o pé nas costas!
Como usarei um gabinete de aço-carbono pintado em epóxi preto, dá pra puxar uns 15w por canal tranquilamente, conectando seu encapsulamento Pentawatt de 11 pinos na carcaça metálica do gabinete.
Agora sim dá para brincar de "queimar falantes".

Dois trechos que merecem esclarecimento:
1. Diretamente do mundo real, onde impera a ciência:
  • Válvulas atingem sua estabilidade de emissão eletrônica após uma ou duas centenas de horas em aquecimento com o filamento em tensão nominal.
  • Alto-falantes, como todo e qualquer sistema mecânico sujeito às Leis da Termodinâmica (que ainda valem para nosso universo em expansão), são amaciados após horas de uso prolongado. Seja pelo desgaste de partes e peças, seja pelo rearranjo das fibras dos materiais utilizados ou de estruturas montadas no processo da manufatura.
  • Coisas quentes soam diferentes de coisas frias. Bata em um diapasão tipo garfo e ouça o (440Hz). Aqueçam-no e ouçam o novamente. Mudou né?
2. Diretamente do mundo do áudio, onde impera a emoção e o back-ground do ouvinte:
  • Semicondutores permanecem identicos após anos e anos de uso contínuo, desde que não sejam submetidos à algum tipo de estresse mecânico e/ou térmico.*
  • A estrutura atômica do metal que compõe os cabos não se altera pela passagem de sinal elétrico de baixas potências** e freqüências (áudio por exemplo), desde que não sejam submetidos à algum tipo de estresse como os citados anteriormente.
  • Conectores estão sujeitos às mesmas leis da física que regem os cabos.
  • Cabos de prata, ouro, cobre "oxigen-free" ou de alguma liga mirabolante resfriada a -272K e que custam os "olhos da cara", ficam ligados a 400m de cobre comum dos trafos de saída dos amplificadores valvulados. O mesmo vale para a fiação interna dos amplificadores de estado sólido high-end. Não se iluda na hora de comprar um cabo $$$.

É isto aí.
Assim que estiver tudo montado e funcionando, postarei o esquema e oferecerei no website http://www.amplificadores.com.br/ como um equipamento acessório ou kit para os entusiastas DIY montarem.


Luciano


* Trabalhei na BOSCH vários anos na década de 80. Lá tínhamos uma máquina de eletroerosão que possuía 30 transistores 2N3055 em paralelo para regular a corrente da fonte. Certa vez a máquina pifou num final de semana e, como estava de plantão e a fábrica parada, resolvi testá-los um por um no traçador de curvas TEK 577. Fato: impossível distinguir os transistores novos dos que tinham 20 anos de uso e estavam OK.
**Se a potência for tão alta que o cabo se torne um aquecedor de ambientes, aí é outro papo.

domingo, 1 de julho de 2012

ORION mkII (Amplificador para Headphones à baterias)

O amplificador de fones de ouvidos alimentado por baterias, ORION, passou por uma remodelagem completa.
Os circuitos de áudio são praticamente os mesmos, à exceção dos capacitores no caminho do áudio que foram substituídos pela versão de polipropileno (baixíssimo ESR e ruído de fundo), e a placa de circuito impresso que é nova e foi redesenhada para melhorar o desempenho e a imunidade aos ruídos.
Em relação ao circuito de alimentação a seção do recarregador foi totalmente refeita: circuitos e topologia.
Agora a indicação visual dos estados de operação do equipamento permite determinar os modos: "OPERation", "CHARGing" e "LO BATtery" (no modo ON) através das cores dos suportes acrílicos que mudam em função do estado de operação.

Vermelho = carregando as baterias de 9Vdc com o equipamento em OFF.
Laranja = carga abaixo de 5Vdc com o equipamento em ON (amplificando o sinal de áudio).
Branco = carga  entre 100% e 63% com o equipamento em ON (idem).

Além desta modificação, a fonte de aliementação foi implementada em gabinete à parte para que ficasse o mais longe possível dos circuitos de áudio, reduzindo à zero a chance de algum sinal de EMI chegar ao terminais do OPAMP de entrada.
Neste novo gabinete, o acesso às baterias recarregáveis ficou facilitado pelo compartimento á parte no gabinete permitindo sua eventual troca sem a necessidade de desmontagem da fonte.

Estas atualizações são parte do nosso programa de melhoria contínua visando fazer sempre o melhor para nossos clientes.

Se você possui um ORION e optar por fazer o upgrade, entre em contato para a sua atualização (sem custo algum).

Atenciosamente,

Luciano Peccerini Junior