domingo, 16 de janeiro de 2011

Tive que concordar...

Ouvi "uma" ontem da minha esposa que me deixou pensativo sobre os rumos que o Universo toma em função das nossas escolhas e ações...

Recapitulando...
Eu. O Luciano:
"Há 20 anos compro meus carros esperando fazer um bom negócio, como todo mundo. Nestes 20 anos de trocas e experimentações, peguei somente um (unzinho) que me deixou feliz e satisfeito pelo tempo que estive com ele.
Esta avis rara foi um Fiat UNO 1986.
Nada.
Nadica.
Nothing to do with...foi pegar e andar, trocando óleo, verificando filtros e pastilhas e colocando gasolina. Foi pura alegria e diversão. Até esquecia que tinha o carro. Bem, estava nos meus vinte anos e tudo era festa, devo confessar. Com a faculdade no final, resolvi parar numa concessionária e pegar um "zero". De lá pra cá só foram "Zeros à esquerda". Um atrás do outro.
Nem Japonês, nem Europeu, nem Brazuca. Não importava a bandeira, eram só tranqueiras.

Um que era desbalanceado: gastava freio só de um lado, pois o CG do carro era deslocado para a esquerda. Deixaram na mão do estagiário a escolha de onde colocar o bloco do motor...
Outro que não dava pra trocar as lâmpadas dos faróis: colocaram a bateria no meio do caminho.
Mais um que tinha vida própria: buzinava quando queria, ligava limpador quando dava na telha, pisca-alerta quando ele (o carro) se achava em perigo, e por aí a fora.
Teve um que eu tinha que escolher se ia às compras ou ligava o ar-condicionado: apesar do motor e da fama oriental, não aguentava o tranco...
Um outro que a direção assistida (elétrica) fazia mais barulho que o Fusca 66 do meu sobrinho, isso com 2500 km!
Há 2 anos atrás desisiti.
Deixo a grana com a minha esposa e sinto-me feliz com o que ela escolher. Ponto.

Ontem...
Conversando com ela sobre vários assuntos, o daí de cima incluso, ela me veio com esta:
"Todo chato é azarado!"

Parei para refletir e só pude concordar.

Não sei se a Natureza nos prega estas peças (sim, eu sou um chato!) para que sejamos mais complacentes e Zen no dia-a-dia, ou se as pequenas coisas que passaraim desapercebidas para a maioria das pessoas se tornam quimeras gigantescas sob nossos olhares (o dos chatos).
Mas uma coisa é fato: Se o palito caiu no bolo ante de assar, eu darei uma mordida no pedaço com ele dentro. Se estivermos em 8 pessoas num restaurante, a minha comida será esquecida pelo garçom. Se eu fechar o olho e pegar uma castanha-do-Pará no meio da barraca da feira, a minha virá bichada. Se pegar uma senha de atendimento, o placar dará pane na minha vez e por aí a fora...



Deixarei de ser crítico e exigente?
Nunca.
Sou da opinião que, enquanto viver, a Natureza um dia terá que me dar uma folga! Mai cedo ou mais tarde, tenho certeza de que isto acabará acontecendo.
Só espero estar vivo para ver este dia!

Grande abraço à todos, aos chatos como eu e aos "normais".


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